sábado, 22 de março de 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008

terça-feira, 18 de março de 2008

num mundo onde a guerra se faz às claras porque é que o amor se tem de fazer às escondidas?

"Duas lésbicas, Paula Rebeca e Carina Marmelo, dizem estar a ser alvo de perseguição por parte de alguns populares de Viana do Alentejo, onde residem e trabalham há cerca de seis meses. Têm chegado queixas ao Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), entidade para qual trabalha Paula Rebeca, como responsável da igreja do Castelo da Vila, acusando-a de provocações contra a sociedade devido a alegadas cenas íntimas com a companheira em frente à igreja e após celebrações religiosas."

Um excelente exemplo da falta de Educação Sexual


Um em cada dez estudantes universitários de Coimbra acredita que a pílula anticoncepcional protege da infecção por VIH/sida, segundo um inquérito realizado pela investigadora Aliete Cunha-Oliveira, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Aliete Cunha-Oliveira afirma que a "desculpa" da contracepção oral para não usar preservativo "é, sem dúvida, um dado preocupante" e garantiu não compreender de "onde pode ter vindo tal ideia". "Creio que esse dado terá de fazer pensar os criadores de mensagens e os responsáveis pelas políticas de prevenção e de saúde dos adolescentes e jovens", alertou a investigadora, lembrando que a esta realidade "pode não ser alheio o modelo da oferta de serviços de saúde" centrado na prevenção da gravidez ou no rastreio de infecções e cancros da mulher jovem.

Para o não uso do preservativo, 13 por cento dos jovens apontaram a questão do preço. Outro resultado indica que 41 por cento dos jovens manifestou "embaraço" em adquirir o preservativo dentro da faculdade.

No inquérito realizado a 696 estudantes das oito faculdades da Universidade de Coimbra, a investigadora concluiu que mais de metade (52,6 por cento) diz usar sempre o preservativo, mas estes continuam a ser "dados preocupantes e que não têm nada de especialmente encorajador". "Na melhor das hipóteses, 40 por cento dos jovens universitários não usam o preservativo ou não o usam de forma consistente. São muitos jovens que se põem em risco e põem em risco os outros", resumiu a investigadora, dando conta de que os resultados dos estudos não têm mostrado evoluções significativas.

Por isso, Aliete Cunha-Oliveira defende que "o modelo de luta e de campanha contra à infecção e doença atingiu, ou está próximo de atingir, o seu limite de intervenção", o que mostra a necessidade de rever a base que tem servido de "guião à luta contra a Sida em Portugal".

"Tem-se apostado demasiado no uso do preservativo, exclusivamente. E isso é manifestamente insuficiente", considerou a investigadora, atribuindo "algum significado optimista" à taxa de 30 por cento de realização de testes ao VIH, por ser a única forma de as pessoas confiarem umas nas outras. "Outra aposta fundamental terá que assentar numa educação de responsabilidade e de respeito por si e pelo outro", acrescentou.

Rapazes usam preservativo, raparigas confiam no parceiro

Quanto a comportamentos sexuais segundo o género, os rapazes referem ter mais parceiros sexuais, mais relações ocasionais e sob o efeito de álcool ou de outras drogas, mas usam mais vezes o preservativo. As raparigas, por seu lado, são predominantemente monógamas e assim tendem a não usar preservativo porque confiam na relação e no parceiro.

Em questão de informação, mais de 50 por cento registou resultados elevados no teste de conhecimentos, superior a 17 valores, numa escala de 0 a 20. Mas os altos níveis "são um tanto enganosos" quando relacionados com os comportamentos. No inquérito "algumas respostas revelam ignorância enquanto outras indiciam comportamentos de risco": mais de 30 por cento garante que quem consome álcool e outras drogas não tem mais tendência a praticar sexo sem protecção, mais de 26 por cento acredita que o vírus VIH não aparece no sémen e 18 por cento nega que haja perigo de infecção na prática desprotegida de sexo oral.

No seu estudo, que serviu de base para a tese de mestrado, Aliete Cunha-Oliveira indicou ainda "novos mitos sobre o VIH/sida", que traduzem uma "visão demasiado optimista". "De certo modo, parece estar em curso uma negação social e psicológica do problema do VIH/sida, que faz com que as pessoas pensem e se comportem como se já houvesse vacina, como se já existisse tratamento eficaz e inócuo e como se a Sida fosse uma doença banal", afirmou a investigadora, referindo que os novos mitos são fruto de mensagens da comunicação social e "pressão das ideologias".

Aliete Cunha-Oliveira trabalha há dez anos com jovens, quer no centro de saúde, quer no Centro de Atendimento de Jovens de Coimbra e constatou que embora tratando-se de estudantes com um "nível intelectual diferenciado, apresentam um número elevado de comportamentos de risco". "Fui constatando que, apesar de o preservativo ser distribuído gratuitamente, a solicitação por parte dos jovens é baixa", referiu.

"Governo catalão defende masturbação de menores"?


Dois folhetos sobre iniciação sexual distribuídos nas escolas pelo governo da região da Catalunha estão a provocar uma acesa controvérsia nesta região espanhola, não só pelo seu conteúdo como pelo facto de serem escritos apenas em catalão.

Integrados no programa "Salut i Escola", um primeiro folheto destina-se a crianças entre os 1o e os 11 anos e um segundo tem como alvo jovens entre os 12 e os 16 anos.

O governo de Pasqual Maragall i Mira - uma coligação entre a Esquerda Republicana, os ecologistas, a Esquerda Unida e os socialistas locais - afirma que, ao abrigo da Lei da Política Linguística em que se consagra o catalão como língua oficial, os folhetos teriam necessariamente de ser escritos naquele idioma.

Criticado por várias associações de pais, que reivindicam a sua intervenção na definição dos conteúdos da educação sexual, o conselho de Educação da Generalitat - dirigido por Ernest Maragall, irmão do ex-presidente do governo da região, Pasqual Maragall - sustenta que os critérios na matéria são determinados pelos especialistas e os pais não podem criticar a distribuição desses materiais entre os mais jovens.

Ernest Maragall, segundo os diários espanhóis, admitiu todavia não conhecer o conteúdo dos folhetos.

A Federação de Associações de Pais das Escolas Livres da Catalunha (FAPEL) e a secção catalã da Associação Europeia de Pais (EPA) criticam o conteúdo por este se cingir "apenas ao sexo, sem ter em conta a família", segundo o responsável da FAPEL. Por seu lado, o catalão Diego Barroso, actual presidente da EPA, insiste que "num tema como a educação sexual não se pode ir directamente às crianças sem, ao menos, o conhecimento dos pais".

O folheto dedicado às crianças define a masturbação como "algo natural, uma forma de conhecer o teu corpo e ter novas sensações", ainda que "não seja obrigatório fazê-lo". Por seu lado, a sexualidade é explicada como algo que se vive "de acordo com os teus gostos e preferências, também explorando o teu corpo, acariciando-te e dando-te prazer através da masturbação". Esta, no folheto dirigido aos jovens dos 12 aos 16 anos, é caracterizada como "opção pessoal que não te pode fazer mal".

No segundo folheto caracteriza-se o processo da puberdade como algo "que os nossos pais não são capazes de entender", detalhando-se depois todas as fases de um relacionamento sexual.


Escrito por: ABEL COELHO DE MORAIS
Notícia retirada do Diário de Notícias (on-line em www.dn.pt)

domingo, 16 de março de 2008

A exclusão social começa no Estado

Há lares apoiados pelo Estado que se recusam a aceitar idosos seropositivos. Só no ano passado, a Segurança Social recebeu três queixas. As associações que trabalham no terreno garantem que a discriminação é generalizada e denunciam a existência de "guetos" para pessoas infectadas.

As três denúncias chegaram "devidamente documentadas" aos serviços do Instituto da Segurança Social (ISS) no ano passado, revelou o presidente daquele organismo, Edmundo Martinho, acrescentando que "os processos ainda estão a decorrer".

Segundo Edmundo Martinho, num dos casos terá havido "quebra do sigilo profissional" do médico que divulgou a situação clínica do idoso aos responsáveis do lar. Nas três instituições de solidariedade social, comparticipadas pelo Estado, os infectados só conseguiram vaga depois da intervenção dos serviços do ISS.

"Estamos perante uma nova realidade, que trouxe novas problemáticas. Existem mais pessoas com alguma idade que são seropositivas", lembrou Helena Silveirinha, do ISS.

Casos de infecção na população mais velha têm aumento nos últimos anos

De acordo com o Instituto Ricardo Jorge, estão notificadas no país 2411 pessoas seropositivas com mais de 55 anos. Nos últimos tempos, tem aumentado exponencialmente o número de novos casos de infecção na população mais velha. Se nos anos 80 raramente surgiam mais de dez novos casos de seropositivos por ano, na década de 90 já rondavam os cem e actualmente chegam a ultrapassar os 200.

A evolução das terapêuticas trouxe um aumento da esperança de vida dos seropositivos mas trouxe também um problema: hoje existe uma camada da população envelhecida que está infectada e pessoas que não sabem como lidar com estes doentes.

E por isso, muitas vezes os problemas não desaparecem nem no momento de entrar para um lar. Dizer que não há vaga ou pedir mais dinheiro são algumas das formas usadas para barrar a entrada a quem está infectado. Os truques são conhecidos por quem lida diariamente com o problema.

Associações falam em discriminação "camuflada".

"Todos os dias recebemos queixas de pessoas que dizem que os serviços não os aceitam", disse Margarida Martins, presidente da Associação Abraço.

Também na Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS) são constantes os relatos de doentes que não conseguem entrar num centro de acolhimento, alegando "estarem cheios ou não terem capacidade para dar resposta". "Já não se ouvem justificações com base na infecção, porque sabem que incorrem numa pena. Agora, as respostas são camufladas", explicou a presidente da LPCS, Maria Eugénia Saraiva.

Sílvia Rocha, assistente social da LPCS, também conhece vários casos de discriminação, que acredita serem ampliados com a falta de respostas dos serviços sociais. "A inclusão em lares já é difícil só por si e havendo poucos lugares, torna-se ainda mais difícil dar uma vaga a um seropositivo", alerta.

Santa Casa da Misericórdia tem espaços diferenciados

A liga recorre muitas vezes aos serviços da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), mesmo não sendo apologista da separação definida pela instituição nos finais da década de 80.

Na Misericórdia é feita a diferenciação entre as pessoas que estão infectadas e as outras, independentemente de serem jovens ou idosos. A instituição criou espaços específicos para as vítimas do VIH, nomeadamente acolhimento residencial, apoio domiciliário e centro de dia, numa época em que "a discriminação era assumida".

Hoje, a Santa Casa mantém duas residências para seropositivos com graves problemas socio-económicos.

Apesar de Maria Eugénia Saraiva defender que "não é a filosofia da Liga haver guetos para pessoas com VIH, que é uma doença como outra qualquer", a associação acaba por recorrer muitas vezes aos serviços da Misericórdia, destinados a pessoas carenciadas.

O projecto foi criado numa altura em que "a discriminação era assumida" mas sempre na esperança de se tornar obsoleto, vitima de uma mudança de hábitos da sociedade, lembra Ana Campos Reis, responsável da Misericórdia.

No entanto, passados 19 anos, os comportamentos continuam os mesmos: os vizinhos continuam a discriminar, a família continua a recusar viver com familiares seropositivos e os próprios hospitais continuam a ter regras discriminatórias.

Ana Campos Reis lembra uma doente que teve alta muito antes do tempo definido por ter tomado café na cafetaria do hospital e um doente hospitalizado a quem recusavam fazer a barba porque se podiam cortar. "Estas histórias aconteceram há poucos meses, não foi há vinte anos".

A mentora do projecto tem apenas um estranho desejo. "O meu sonho era que um dia este serviço deixasse de fazer sentido. Mas penso que ainda há um longo caminho a percorrer".


Notícia retirada do Diário de Notícias (on-line em www.dn.pt)

S.E.Q.S.O. PORTO

Hoje no Porto, após várias denúncias de discriminação no bar “Lusitano”, que é considerado “LGBT FRIEND”, várias associações e movimentos decidiram agir. Fizemos assim uma acção directa de distribuição de panfletos a denunciar a situação. Porque o respeito pela diversidade Humana têm que estar muito acima do respeito pelo €.

Identidade de Género

Bem como já tenho feito noutros post que tenho feito, começo mais uma vez por dar uma pequena definição de identidade de género que vem no famoso site da Wikipedia:
“Na sociologia, identidade de género refere-se ao género com que a pessoa se identifica (i.e, se a mesma se identificar como um homem, uma mulher ou se a mesma vê-se a si mesmo como fora do convencional), mas pode também ser usado para referir-se ao género que certa pessoa atribui ao indivíduo tendo como base o que tal pessoa reconhece como indicações de papel social de género (roupas, corte de cabelo, etc.).”
A partir desta definição pode-mos tirar várias conclusões, não existem duas identidades de género (Homem e Mulher); e que a identidade de género é também influenciada e “rotulada” pela sociedade, já que a mesma vai definir a identidade de género de cada um consoante o seu papel social de género (trabalho, maneira de estar, a sua aparência, ect…)

A verdade é que não ainda não tenho muita informação sobre o assunto, já que é de tal maneira complexo, que podemos ler de umas pessoas texto que dizem que só existem duas identidades de género como outras que dizem haver provavelmente tantas formas e complexidades de identidades sexuais e identidades de género como há seres humanos, e há um igual número de formas de trabalhar as identidades de género na vida diária. Mas existe consenso em alguns aspectos, que a identidade de género é algo que é descoberto desde a nossa infância, e que na definição da mesma é imposto pela sociedade, directa ou indirectamente, um papel social de género (por exemplo: nos homens o uso de calças a cabelo curto, nas mulheres saias e cabelo comprido).

Esta questão da identidade de género está intimamente ligada com o transgenderismo que consiste no quebrar das regras sociais que ditam a forma como cada sexo se deve comportar. O transgenderismo é independente da orientação sexual. A palavra transgenderismo é também utilizada por algumas pessoas para incluir num só termo transexuais, travestis, transformistas, andróginos e intersexuais.

Mais uma vez um tema que leva a muitas perguntas (e que não é abordado nas escolas). Terá o estado que rotular a identidade de género dos seus cidadãos? Por exemplo quando no novo cartão electrónico de identificação pede o sexo do seu portador. Terá o estado o direito de “rotular” assim as pessoas, não respeitando quem não se identifica nem com o ser Homem ou Mulher? Devemos nós impor duas identidades de género com a desculpa de isso beneficiar a coesão social? Ou a coesão social faz-se a partir do respeito da diversidade humana, sem se oprimir nenhuma das suas vertentes?
Porque as perguntas são muitas e não cabem todas aqui, espero pelo teu comentário e que a discussão se inicie…

Diogo Silva

(escola Secundaria de Rio Tinto)

sexta-feira, 7 de março de 2008

sábado, 1 de março de 2008

Prostituição...

Este é sem duvida um dos temas mais difíceis de falar. Mas acho que nós jovens devemos e temos que abordar esta temática, ela existe desde a nossa vida em sociedade e nunca vai desaparecer. Por isso o melhor é discuti-la para tentar-mos chegar a novas conclusões…

Se formos ver a uma enciclopédia ou dicionário, a definição mais provável que iremos encontrar é a seguinte; “troca consciene de favores sexuais por interesses não sentimentais ou não afectivos (ex. dinheiro, bens materiais, informações, etc.).”
A partir desta definição em cima partimos do princípio que todas e todos que praticam a prostituição o estão a fazer de livre consciência e vontade. Mas a realidade é que a partir da segunda metade do XX a ONU denunciou e tentou tomar medidas para o controle da prostituição no mundo, isto porque era grandes grupos de crime organizado que controlavam o mercado da prostituição. Para alem disso com o aparecimento da SIDA, a prática da prostituição recebeu um golpe. Foi necessária a intervenção estatal para o controle e prevenção das doenças, que atingiram níveis de epidemia no final do século XX, início do século XXI.

A actividade de prostituição entre adultos em Portugal não é considerada ilegal por si só, não incorrendo em penas nem aos clientes, nem as pessoas que se prostituem. No entanto, o fomento à prostituição ou a recolha de lucros pela actividade de prostituição de terceiros é considerado crime, punível com prisão.
Embora estas leis tenham sido pensadas inicialmente para protegerem mulheres da exploração sexual por parte de terceiros, na prática invalidam também que as pessoas que se dedicam à prostituição se possam organizar entre si quer em grupos de apoio (excepto em situações específicas em que seja claro que não há nenhuma promoção da prostituição) quer para coordenação comercial.

As perguntas que deixo no ar são várias. É a prostituição algo tão prejudicial á vida em sociedade quando os seus profissionais estão informados e tem consciência dos riscos da sua prática? À semelhança do que acontece na Holanda e na Alemanha, a prostituição não deveria ser legalizada e a sua actividade licenciada e regulamentada? Isto não seria um entrave ao tráfico de seres Humanos que marca esta actividade? Mas até que ponto é que o licenciamento e a regulamentação seriam respeitados? Quem deve ter vós neste tipo de assuntos? A sociedade, que tem várias influências, quer a nível política e religioso? Ou os chamados “profissionais do sexo”? Que sabem a partir das suas experiências os riscos e as fragilidades das leis que abrangem o seu trabalho.

Bem a questão está levantada… Espero que os comentários cheguem e o debate se inicie. Afinal não pensar nas coisas e não questionar a sua existência nunca fez a Humanidade dar um passo em frente.
Diogo Silva
(Escola Secundaria de Rio Tinto)